quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Síntese sobre Inclusão Escolar


A construção do Blog “É possível Incluir sem Excluir?” surgiu da necessidade de refletirmos como a inclusão pode auxiliar ou não no processo de ensino e aprendizagem e no meio social do aluno incluso. Com a intenção de ser usada como uma ferramenta para educadores e educandos, para atender à demanda que está chegando hoje nas escolas.
Torna-se necessário uma formação diferenciada para reforçar ainda mais o princípio de exclusão, delegando a alguns um saber específico, que por sua vez é destinado a instituições específicas, separadas do contexto social. Houve uma institucionalização da exclusão no atendimento às pessoas com deficiência, produzindo dois tipos de professores e dicotomizando a educação em “normal” e “especial”, com total desarticulação entre elas mesmas.
No momento, a instituição escolar está excessivamente burocrática, e faz-se necessário romper com este paradigma para que ela volte a fluir, a atingir todos os alunos sem preconceitos, tornando a inclusão necessária.
A escola inclusiva, aberta a todos que desejam aprender, certamente parece uma utopia. Mas, muito pelo contrário, os alunos com que trabalhamos não são crianças perfeitas? são seres humanos singulares. Assim é também a instituição: simplesmente uma escola, de verdade, que não está presa a modelos criadoor quem não aceita a diversidade. A atual tentativa de ensinar somente alunos perfeitos é que é utópica, extremamente distante da realidade! Os professores devem ser formados para lidar com todos os tipos de alunos; O que aprendem na prática, dividindo experiências, muitas vezes é mais valioso. Isso contribui para a diminuição das relações entre os profissionais da educação, o que se reflete na maneira como tratam os alunos. E quando os pais (e responsáveis) também participam dos debates sobre o aprendizado e o futuro, chegamos cada vez mais perto da concretização do sonho: ESCOLA DE QUALIDADE PARA TODOS. 

Mapa Conceitual Final.


Conclusões.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

História em Quadrinhos - Programa HagáQuê



Pergunta respondida em conjunto.


Qual seria o conjunto de qualificações necessárias do professor para praticar o projeto de inclusão escolar?

Vamos tentar responder esta difícil questão, difícil pois se pensarmos em inclusão nos surgem vários questionamentos, é tudo muito bonito na teoria e na prática será que funciona, que fatores ou que conjunto de fatores  precisamos assimilar para pensar em inclusão, professores, alunos, família e sociedade tudo faz parte desse grande conjunto. Começamos então pelo conceito de inclusão, que segundo Sassaki (1997) “é o processo pelo qual a sociedade e o portador de deficiência procuram adaptar-se mutuamente tendo em vista a equiparação de oportunidade e, conseqüentemente, uma sociedade para todos. A inclusão nas suas diversas formas significa que a sociedade deve adaptar-se às necessidades da pessoa com deficiência para que esta possa desenvolver-se em todos os aspectos de sua vida. (p.168)”.
E o papel do professor é só no que diz respeito a  qualificação profissional? Será que é necessário um tipo diferente de qualificação, uma especial para lidar com o diferente? Podemos perceber que a formação diferenciada tem contribuído para reforçar ainda mais o principio de exclusão, delegando a alguns um saber específico, que por sua vez é destinado a instituições específicas, separadas do contexto social. Houve uma institucionalização da exclusão no atendimento às pessoas com deficiência, produzindo dois tipos de professores e dicotomizando a educação em “normal” e “especial”, com total desarticulação entre elas mesmas. Este fato gera um cenário no qual professores que atuam em classe regular não sabem atuar com crianças com deficiência, e professores que atuam em classe “especial” não sabem atuar em classe regular, desta forma percebemos que não precisamos de uma formação de professores voltados para isso, e sim de um modo de educação melhor não só para os incluídos, como para todas as crianças.
Segundo a Constituição, o inciso III do artigo 208 da Constituição Brasileira se refere ao atendimento educacional especializado aos portadores de deficiências, principalmente na rede regular de ensino. E a nova LDB n.9394/1996 reservou-lhe todo um capítulo (V), mantendo-a preferencialmente na rede regular de ensino, com apoio especializado, pela primeira vez legalmente prometido.
Com isso, podemos concluir que por lei, a inclusão não é obrigatória. A educação sofre realmente as influências, as possibilidades e limitações dos momentos históricos, mas é também momento intermediário, mediador do contexto, podendo a educação reproduzi-lo sim, mas também contendo elementos de transformação por sua função de sistematização e socialização da cultura universal necessária à vida numa sociedade. 
Desta forma mais importante do que o modo de fazer inclusão escolar, é saber se realmente, os portadores de algum tipo de necessidade especial querem participar deste contexto de inclusão.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS



 Para a construção de uma verdadeira sociedade inclusiva é importante, também, que se tenha preocupação e cuidado com a linguagem que se utiliza.  Afinal, através da linguagem é possível expressar, voluntariamente ou involuntariamente, aceitação, respeito ou preconceito e
 Sabemos que os termos podem ser considerados corretos ou incorretos, em  função de diferentes valores e conceitos vigentes em cada sociedade e em cada  época. Assim, com o decorrer do tempo, mudam-se os  valores, mudam-se os  conceitos e, mudam-se também, os termos.
Este fato pode, muitas vezes, ser a causa da dificuldade ou da demora com  que as pessoas em geral e até mesmo os profissionais mudam seus conceitos,  comportamentos, raciocínios e conhecimentos em relação às pessoas ou grupos de  pessoas consideradas ‘diferentes’.
No Brasil, têm ocorrido tentativas de se estabelecer terminologias corretas, ao  se tratar principalmente de assunto relativos à deficiência, no intuito de desencorajar práticas discriminatórias.
 A expressão  ‘necessidades educacionais especiais’ tornou-se bastante  conhecida, no meio acadêmico, no sistema escolar, nos discursos oficiais e mesmo  no senso comum. Surgiu da intenção de atenuar ou neutralizar os efeitos negativos  de terminologias adotadas anteriormente para distinguir os indivíduos em suas  singularidades, por apresentarem limitações físicas, motoras, sensoriais, cognitivas,  lingüísticas, síndromes variadas, altas habilidades, condutas desviantes, etc. tais  como: deficientes, excepcionais, subnormais, infradotados, incapacitados,  superdotados, entre outras.
 Assim, a terminologia  necessidades educacionais especiais pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que  apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas,  fracassam em seu processo de aprendizagem escolar. Está associada, portanto às  dificuldades de aprendizagem, não necessariamente vinculadas às deficiências. Na  verdade, com o uso dessa expressão, buscou-se deslocar o foco do ‘especial’ do  aluno direcionando-o para as respostas educacionais que eles requerem, ou seja,  evita-se enfatizar os atributos ou condições pessoais que influenciam diretamente na  aprendizagem e escolarização, ressaltando-se a importância do papel da escola no  atendimento a cada aluno nas suas necessidades específicas. Assim, respeitar a  diversidade e manter a ação pedagógica torna-se um desafio no desenvolvimento do  trabalho com alunos que apresentam necessidades especiais. 
 No que se refere ao atendimento especializado a ser oferecido na escola para  quem dele necessitar, a atual Política Nacional de Educação Especial aponta para  uma definição de prioridades e define como aluno portador de necessidades  especiais aquele que apresenta necessidades específicas de aprendizagens  curriculares, diferenciadas dos demais alunos e que requeiram recursos  pedagógicos e metodologias específicas, sendo assim classificados: alunos com  deficiência; alunos com condutas típicas e alunos com superdotação/altas  habilidades.
A Política  Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva , assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos alunos que apresentam  necessidades educacionais especiais decorrentes de:
I. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;
II. transtornos globais do desenvolvimento; e
III. superdotação/altas habilidades.
 Embora as classificações e as terminologias sejam criadas para facilitar o  trabalho educacional e de certa forma, dinamizar os procedimentos sabemos que  podem também, gerar conseqüências negativas quando são utilizadas para rotular,  discriminar ou até mesmo disseminar idéias preconceituosas e pejorativas em  relação aos indivíduos que delas façam parte. Sabemos que as palavras não são neutras ou imparciais. É importante reafirmar que as ‘necessidades especiais’, não  se referem às limitações apresentadas pelas pessoas, mas sim às exigências de ampla acessibilidade que realmente possa oportunizar condições de independência  e autonomia desses indivíduos. 
 Portanto, para que as mudanças ocorram significativamente, independentes  da terminologia empregada, se faz necessário provocar reações diferentes no  pensamento e no sentimento das pessoas, ou seja, trata-se de uma verdadeira  tomada de consciência desta ‘aparentemente nova’ realidade. 
                                              
 (Texto baseado no artigo ; Inclusão escolar do aluno com  necessidades educacionais especiais:contribuições ao professor do Ensino Regular de Elzabel Maria Alberton Frias e Maria Christine Berdusco Menezes)

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

DIFERENTES FASES DO PROCESSO DE INCLUSÃO


Vamos dar uma pincelada sobre o histórico de todo esse complexo processo de reavaliação de conceitos até chegar a o que hoje chamamos de inclusão, tendo em vista que segundo  Sassaki (2006), passamos por quatro fases básicas.
• Fase de Exclusão: período em que não havia nenhuma preocupação ou  atenção especial com as pessoas deficientes ou com necessidades especiais. Eram rejeitadas e ignoradas pela sociedade. 
• Fase da Segregação Institucional: neste período, as pessoas com necessidades especiais eram afastadas de suas famílias e recebiam  atendimentos em instituições religiosas ou filantrópicas. Foi nessa fase que  surgiram as primeiras escolas especiais e centros de reabilitação. 
• Fase da Integração: algumas pessoas com necessidades especiais eram  encaminhadas às escolas regulares, classes especiais e salas de recursos,  após passarem por testes de inteligência. Os alunos eram preparados para adaptar-se à sociedade.
• Fase de Inclusão: todas as pessoas com necessidades especiais devem ser  inseridas em classes comuns, sendo que os ambientes físicos e os  procedimentos educativos é que devem ser adaptados aos alunos, conforme  suas necessidades e especificidades.
Segundo Correia (1999), a Idade Antiga, na Grécia é  considerada um período de grande exclusão social, pois crianças nascidas com  alguma deficiência eram abandonadas ou mesmo eliminadas, sem chance ou direito  ao convívio social. 
Na Idade Média, pessoas com deficiência eram também  marginalizadas, até por questões sobrenaturais, rotuladas como inválidas,  perseguidas e mortas. Assim, muitas vezes as famílias preferiam escondê-las e  assim, privá-las da vida comunitária e social. A idéia de promover aos filhos,  qualquer tipo de intervenção em ambientes diferenciados não era uma prática  comum. Conforme Jannuzzi (2004), no Brasil por volta do século XVIII, o  atendimento aos deficientes restringia-se aos sistemas de abrigos e à distribuição de  alimentos, nas Santas Casas, salvo algumas exceções de crianças que até  participavam de algumas instruções com outras crianças ditas normais. 
No século XX, a questão educacional foi se configurando, mais pela  concepção médico-pedagógica, sendo mais centrada nas causas biológicas da  deficiência. Com o avanço da psicologia, novas teorias de aprendizagem começam  a influenciar a educação e configuram a concepção na linha psicopedagógica, que  ressalta a importância da escola e enfatiza os métodos e as técnicas de ensino. Por  volta da década de 1990 e início do século XXI, avançam os estudos em Educação Especial no Brasil . Esse discurso favorável à inclusão foi fortemente  influenciada por movimentos e declarações internacionais, desde o final da década  de 40, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, tomando maior impulso a  partir dos anos 90 em favor da implantação das reformas neoliberais.
A Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas produziu vários  documentos internacionais, norteadores para o desenvolvimento de políticas  públicas de seus países membros. O Brasil, membro da ONU e signatário desses  documentos, reconhece seus conteúdos e os respeita na elaboração das políticas  públicas nacionais. Dentre os documentos produzidos destacamos: Declaração Universal dos Direitos Humanos; Declaração Mundial Sobre Educação para Todos e  “Plano de Ação para Satisfazer as Necessidades Básicas de Aprendizagem”;  Declaração de Salamanca; Convenção da Guatemala e a Declaração de Montreal.
Vendo o que foi feito até hoje, vendo todas as barreiras que já foram quebradas, todos os direitos que já foram conquistados, observamos o quanto ainda precisa ser mudado, estudado e repensado, o quanto ainda precisa ser feito para termos uma inclusão benéfica especialmente pelos ditos anormais, se é que isso existe.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012




“Todo e qualquer empreendimento que visa 
à Inclusão só terá bons resultados quando o 
diferente for aceito como parte integrante e 
indissolúvel do ser humano.”

Francisco Gonçalves, Lara Gonçalves, Paulo Santos, 2010

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

    A Inclusão Escolar só pode ser viável enquanto fruto e não como terra ou arado. Ela só poderá acontecer realmente quando aquele que tem a função de plantar, ou seja, o professor e toda a equipe que faz parte do funcionamento da escola, desde a direção até o servente, mudarem sua atitude em relação  ao lidar com a diferença, aceitando-a, estabelecendo novas formas de relação, de afetividade, de escuta e de compreensão, suspendendo juízos de valores que abarcam pena, repulsa e descrença. ( Elisabeth Salgado)

Inclusão Escolar


Mapa Conceitual - Verdades Provisórias

O que entendemos por inclusão?